Cavalos correndo
a relva é gelo debaixo dos seus pés,
correm fugindo ao tremer dos céus
alegres com a vida que subitamente aparece.
Negros eram os tempos...
O presente é algo trazido pelo Alto
sabendo que é algo não merecido
mas feliz por ser recebido.
belos são os tempos que correm como rios
Altivos como os castelos
Perenes como as montanhas
enraizados na terra forte como a pedra.
Pequenos dançando na neve
o vento conduz os passos,
mexem-se como os ventos,
felizes com a vida que conhecem.
Belos eram os tempos...
O presente é algo desconhecido
sabendo o que ninguém sabe
mas contente por ser sentido.
Ouvem-se vozes
por entre espaços desabrigados,
cantam por sentir aquilo que lhes é próximo
amando a vida que vão criando.
Belos são os tempos que voam com a vida
Efémeros como a chama
Grandiosos como os sonhos
São os tempos que sentimos...
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Cavalgar até ao último fôlego, respiração sobrevivente das sensações absorvidas. a voz são passos, o tempo um funil de sensações, as montanhas a fronteira das danças
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