sábado, 27 de julho de 2013

Theia Mania - A loucura divina




Mão cheia de saudade da flor
A preferida dos que têm paixão
Da memória que pertence ao esquecimento
A sombra do amor é a antitese da razão
Move hoje sentimento com aquele momento

Que mão tão presente
O olhar tão eterno
Tão eterno mesmo então…
A voz um encanto
Um encanto que não se entende
Tão eterno mesmo então…
E também a compaixão
Que compaixão tão terna
E eterna mesmo então…

Que memória tão linda
Mais linda que os ceus
Maior que a própria vida

Olhem bem para a Mulher
Que flor tão imprudente
Que saudade tão ardente

Vem Margarida…
A preferida dos que têm paixão.

sábado, 19 de março de 2011

Lembranças de uma noite de outros dias

Pensamentos brancos atrás das portas

Por entre a madeira verde que não se vê.

E a lua que está cheia aqui e por lá

Esta lá mas de forma diferente

Cansada faz-se à noite

Que não é a mesma...

As palavras desaparecem e fica o olho que não vê.

A música já passou mas ainda é ouvida

Por entre os cantos invisíveis da paz temporária

Feita sabendo que amanha será diferente,

E o sonho faz-se realidade.

E o medo do vazio que cresce, será para amanha

Sempre para amanha.

E de noite volta a falta da verdade sentida, vivida mas não ainda ouvida


sábado, 4 de dezembro de 2010

How good it would...
to be among the stars
not watching but living
getting some scars...

Love is joy
and sad which commands
wild horses flowing
through fields of memory

É querer ter sem poder
ver mas não tocar
conhecer mas ao de leve
é esperar por mais.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Manifesto ao outro lado

Acontece a todos

vemos o que queremos
agarramos a ilusão
do que eras e pareceste ser

queremos esquecer
escolhemos fugir
mas não desapareces

temos medo
choramos a dor
será que sofres como eu?

Todos pensamos

será isto parte do processo
será isto necessário, não?

Agarramo-nos ainda mais
vamo-nos esquecendo
mas continuas lá

Recomeçamos o ciclo
encontramos para voltar a esquecer.



quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pensamentos

Caos e desordem todos sem sentido
aparente na desolação do som
da voz que fala.
É um sorriso no sono
cortes na alma profunda
vivida no canto do olho.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Passeando pela praia

Agindo por detrás das ondas
Mar que está em baixa
levaste tudo o que era meu.

Sigo agora pela areia olhando para ti
finges que nada aconteceu
eras tudo o que eu queria
vivo agora sem saber o vi...

Receando o futuro que começou
Ninguém me avisou
que podia perder tudo o que era meu.

Sigo agora pelo mar tentando perdoar
ignoras o que nos aconteceu
eras tudo o que eu queria
vivo agora sem saber o que ver...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sob a herança pesada ninguém vê nada...

Arco que cede
Sob herança pesada
Através da sebe
ninguém vê nada...

A porta fechou e a luz assim verte
Não sobram os céus da tempestade
A cor festejou e agora já nem acena
És tu sempre a majestade

Sente viva a dor
Sob herança pesada
Através do torpor
ninguém vê nada...

Viu o sol cair no esquecimento
Ficou o rol de acenos no abismo
Os tempos amenos estão num escurecimento
Os teus movimentos são sempre um sismo

Vaso que quebra
Sob herança pesada
Através do amor
ninguém vê nada...

O que cedeu pode quebrar
Sentindo a dor da herança pesada
O amor provoca um torpor
Através da sebe ninguém vê nada...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Danças

Ritmos diferentes movem-se sob o mesmo som,
pensamentos diferentes num par só de um ritmo.
Dançam, olhando, falando.
Não são precisas palavras ou olhares,
a harmonia do ritmo torna o par na unidade
E assim, vários pares são ritmos da mesma musica...

Começam hesitantes,
o movimento já é só um.
Ainda não o sabem.

Uma parte de um par move-se
tornando a dança numa decisão.
Há a consciência do ritmo.

Dançam, olhando, falando.
Não são precisas palavras ou olhares,
movem-se por entre pares como se um só pensamento.
E assim, a música aumenta de intensidade.
Apenas um som move os pares por destinos diferentes
são os passos que ditam os ritmos...

A Humanidade

É triste a beleza que tocamos
lá bem dentro
que ressoa e nos tormenta,
chamam-lhe a humanidade.
Desprendemos-nos de nós próprios,
numa violência escondida,
e somos impulsos.

Derivando sem um fim,
esquecemos que há uma porta.
Tudo deixa de existir
para passar a apenas ser.
Somos nós o todo que é tudo,
apenas somos
nós.

Apoiamos tentando buscar amparo
lavando lamentos encostados
com lágrimas que correm de uma fonte,
como um olho que abriu e vê.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Voando nas nuvens

Vendo aventuras por entre as nuvens
voo subitamente como a tempestade.
Tentando agarrar uma emoção,
o equilíbrio torna-se ténue como uma brisa...

Sentindo a música que me chama
olho para a figura imaginada.
Tentando tocar o branco,
a vontade torna-se forte como o vento!

Ouço o chamamento ao longe,
não sei como lá chegar.

Contemplo apenas...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Noites de caminho

Torna-se a pedra em caminho
passa o destino a incerteza.
O adeus é algo certo,
a tristeza um recanto
do qual o pranto é o encanto.

Faço o caminho de pedra sozinho,
para trás ficaram murmúrios
mais leves que um trago
inebriantes como a certeza...

O sol já se pôs no horizonte,
o caminho torna-se trilha
as estrelas o descanso.

Olho para cima esquecendo,
não sabendo procurar,
sem saber o que encontrar.

Faço da trilha o meu caminho.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Coração da alma

Coração que brota os ventos da alma
não quer parar,
tem medo.
Foge ao frio a que se permite,
é a morte que o domina
é a vida que o guia.
Seria negro
não fossem os batimentos que o despertam,
a vida é ténue.

Coração que luta pelos ventos da alma
não pode parar,
tem coragem.
Vai ao encontro dos sentimentos,
são eles que o dominam
são eles que o guiam.
Estaria morto
não fosse o sangue que o enriquece,
a vida é ténue.

Solta os bramidos da alma,
cantando, tocando, sentido.
Força motriz, vulcão da emoção.
Guia o teu mestre,
tornando a sensação num todo
és tu a fonte da vida.

Encruzilhadas

São as redes da noite que ressoam por entre ruas
que cada caminho é um fim que se revela,
por entre as colheitas da amargura.
Senda que ninguém quer
vida em que se sofre.
O justo torna-se o pecador,
o virtuoso é ladrão da felicidade
somam-se os medos.
Que vida é esta, por entre ruas?
Que sonho é este que vira os céus,
que trás a noite por detrás do horizonte.
Pertence o mundo ao inconsciente,
cavalgando o destino,
sem rédeas, sem brilho,
vivendo... vivendo em momentos.

A vontade da existência

Cavalos correndo
a relva é gelo debaixo dos seus pés,
correm fugindo ao tremer dos céus
alegres com a vida que subitamente aparece.

Negros eram os tempos...
O presente é algo trazido pelo Alto
sabendo que é algo não merecido
mas feliz por ser recebido.

belos são os tempos que correm como rios
Altivos como os castelos
Perenes como as montanhas
enraizados na terra forte como a pedra.

Pequenos dançando na neve
o vento conduz os passos,
mexem-se como os ventos,
felizes com a vida que conhecem.

Belos eram os tempos...
O presente é algo desconhecido
sabendo o que ninguém sabe
mas contente por ser sentido.

Ouvem-se vozes
por entre espaços desabrigados,
cantam por sentir aquilo que lhes é próximo
amando a vida que vão criando.

Belos são os tempos que voam com a vida
Efémeros como a chama
Grandiosos como os sonhos
São os tempos que sentimos...

Essência da diferença

Queimam-se as velas, fecham-se as janelas.
É solene.
Sopra-se em frente almejando acertar no deserto de palavras que devia dizer...
Um silencio de promessas enche-me os ouvidos,
sendo um só e não tão pouco um que tal de vez em vez queda-se,
preparando-se para o que há-de vir.
Saindo da voz da tormenta, tomo o gosto da diferença. Sou eu... apenas eu.

Forças Ocultas

A raiva cresce...
puxando por mim
alimenta-se dos desejos gorados.

Sinto um formigueiro nos dedos das mãos
que se alastra sem reservas.

Rio-me sentido-me um deus vingador.

Os músculos ganham novo vigor
a mente agarra o destino
a brutalidade permeia os ossos.

O hino à batalha ecoa, fruto da imaginação
não há pausa, não há piedade
apenas a dor de desejos frustrados.

A silhueta do destino

Danças na noite,
sob e sobre a neblina alta e húmida.
Vestido que rodeia os desejos
torna o vazio em algo.
É a Imensidão que desperta o encanto,
passeio que move a mente.
Pequenas são as memórias,
ficando para trás... para trás...
Os passos ganham ímpeto,
tornam-se imparáveis como o tempo.
O fim é inevitável, e a dança desespera, silenciosa.
A silhueta aparece ao fundo,
na Neblina.